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04 maio 2010

Vulcões: entenda os perigos e benefícios que as erupções podem trazer


03/05/10

Nos últimos dias, o mundo foi surpreendido pela erupção do Eyjafjallajökull, vulcão (com nome impronunciável!) localizado na longínqua Islândia. Os resultados, no entanto, foram sentidos de perto: algumas milhões de pessoas – muitas brasileiras, inclusive – tiveram seus voos suspensos devido à nuvem de cinzas expelida pelo vulcão islandês. Estima-se que as companhias aéreas amargaram um prejuízo de cerca de US$ 1,7 bilhão, algo comparável às perdas causadas pelos ataques terroristas contra as Torres Gêmeas, em Nova York, no dia 11 de setembro de 2001.


Apesar dos transtornos causados, a imagem do vulcão em erupção fascina e suscita muitas dúvidas. Mas, afinal, o que é exatamente um vulcão e o que o faz entrar em erupção?


A professora Leila Soares Marques, do departamento de Geofísica da Universidade de São Paulo, dá a dica. “Precisamos pensar a Terra como um sistema dinâmico. No seu interior há movimento de matéria, cujos reflexos são sentidos na superfície, como a ocorrência de vulcanismo e terremotos. Em geral, os vulcões situam-se nas bordas das placas litosféricas. Quando essas placas se movimentam, ocorrem vulcões ou terremotos”, explica a professora.


Ao entrar em erupção, os vulcões expelem fragmentos de rocha, gases e lava – que nada mais é do que rochas em estado de fusão devido às altas temperaturas. Na Islândia, por exemplo, a temperatura pode chegar a até 250° Celsius quando a terra é escavada um quilômetro em direção ao centro do globo.


A lava é extremamente perigosa e pode destruir tudo o que está em volta do vulcão. O episódio mais famoso ocorreu em Pompeia, cidade italiana vizinha a Nápoles. No ano de 1979, o Vesúvio entrou em erupção, e a antiga cidade ficou submersa por suas lavas. A maioria dos habitantes não teve tempo de fugir. Até hoje é possível visitar as ruínas da cidade e observar os corpos que foram petrificados enquanto tentavam fugir das lavas.


Solo fértil e energia renovável

Mas o vulcão nem sempre é um vilão. O calor produzido por ele pode ser também fonte de uma das energias mais limpas do planeta – a energia geotérmica. A Islândia, por exemplo, que possui mais de 200 vulcões ativos no seu território, soube explorar esse potencial e hoje cerca de 60% da energia consumida no país é geotérmica.


No Brasil, onde grandes erupções ocorreram num passado bem longínquo, os vulcões deixaram uma preciosa herança: as Serras Gaúchas e a “terra roxa”, solo extremamente fértil presente nos estados do Paraná e de São Paulo. Hoje, não há nenhuma atividade vulcânica no nosso país. “Como o Brasil está situado longe das bordas das placas, há uma probabilidade muito remota de ocorrer vulcanismo”, afirma Leila.


Atualmente, os vulcões ativos mais próximos do Brasil estão na Cordilheira dos Andes – na Argentina e no Chile. Mas são os países situados ao redor do Oceano Pacífico, no chamado Cinturão de Fogo, que mais concentram esse fenômeno. Quase todos os países banhados pelo Pacífico possuem grandes vulcões, como o Paricutin, no México, o Monte Santa Helena, nos Estados Unidos, o Monte Fuji, no Japão, e o Monte Pinatubo, nas Filipinas. Apesar de não estar no Pacífico, um dos vulcões mais famosos é o Stromboli, na Itália, que está em erupção há mais de mil anos.


“Atualmente há no mundo cerca de 1.500 vulcões potencialmente ativos, ou seja, que podem entrar em erupção. No entanto, é difícil afirmar se um vulcão é ativo, pois o intervalo entre as erupções pode ser de até centenas a milhares de anos”, conclui Leila.

FONTE: SEEDUC: http://www.conexaoaluno.rj.gov.br/atualidades-00.asp?EditeCodigoDaPagina=4172

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