As Secretarias
de Estado de Educação e Assistência Social e Direitos Humanos dão início, neste
sábado (04/06), a uma ação que deve reverter os índices de defasagem
idade/série nas escolas da rede estadual. O programa Renda Melhor Jovem – uma
frente de trabalho do programa Renda Melhor, da Secretaria de Assistência
Social – terá foco nas famílias de extrema pobreza, com filhos entre 15 e 17
anos, matriculados no Ensino Médio da rede pública. Ao fim de cada ano desta
etapa escolar, o programa proporcionará uma poupança às famílias, que poderá
chegar a R$ 3.100 em três anos.
Para garantir a bolsa, o jovem terá que participar das provas do sistema de
avaliação da rede estadual, o Saerjinho, criado este ano, e ser aprovado na
escola anualmente. Também será preciso ter frequência de 75% nas aulas. Outro
critério foi criado para o bom andamento do programa: o jovem só poderá sacar
até 30% da poupança ao final de cada ano letivo. Ao completar o Ensino Médio,
será possível retirar o valor completo.
Segundo levantamento da Secretaria de Estado de Educação, são gastos R$ 2.600
por ano com cada aluno repetente. A Seeduc estima que cerca de 36% dos
matriculados – um universo de aproximadamente 396 mil estudantes – perdem o ano
escolar, desperdiçando o investimento da Pasta. Com o Programa, a perspectiva
do Estado é ter uma economia de até R$ 1 bilhão por ano.
Outros pontos foram traçados pelo Governo para o auxílio à família, além do
incentivo financeiro. Os estudantes do 2º ano do Ensino Médio contarão com a
oferta de oficinas de ensino profissional e os membros da família serão
inseridos em programas de qualificação, desenvolvidos em parceria com a
Fundação de Apoio à Escola Técnica (Faetec), o Sesi e o Senai.